abertura de capital

Governador Eduardo Leite anuncia privatização da Corsan

O governador Eduardo Leite (PSDB) voltou atrás em uma promessa de campanha e anunciou, nesta quinta-feira, a intenção de desestatizar a Corsan. O anúncio foi feito em uma coletiva de imprensa on-line. De acordo com o governador, atualmente, a Corsan tem contratos com 317 municípios gaúchos e não tem capacidade financeira de cumprir as metas do Marco Regulatório do Saneamento até 2033, data limite para ações. 


ABERTURA DE CAPITAL
Leite detalhou o que ele chamou de um plano de abertura de capital da Corsan e de venda da maior parte das ações do governo. Ou seja, a decisão do Piratini de privatizar a estatal gaúcha. Segundo ele, a ideia, na prática, é fazer com que o Estado fique com 30% das ações, deixando de ser o controlador. Porém, para que os planos do Executivo gaúcho deem certo, o tema precisará ser apreciado e aprovado pela Assembleia Legislativa.

Santa Maria recebe mais 8,8 mil doses da vacina contra a Covid-19

Leite destacou que a medida é necessária para atender também ao novo marco do saneamento. O governador ressalvou que a decisão o forçou a revisar uma promessa de campanha eleitoral, de 2018, de não privatizar a Corsan:

- Rompo a palavra. O que está em jogo é o prejuízo ao Estado. A Corsan pode trilhar o mesmo caminho da CEEE.

A venda será por meio da oferta de ações da Corsan na bolsa, explicou Leite. Segundo ele, o Estado deve ficar com cerca de 30% das ações, perdendo o controle do capital da estatal.

DESESTATIZAÇÃO
O chefe do Executivo gaúcho explicou que Estado fará, até outubro, um IPO - ou seja, a abertura de capital da Corsan. Para isso, será utilizado R$ 1 bilhão para capitalizá-la. O efeito prático disso será uma desestatização, já que o Piratini deixará de ser sócio controlador.

PEC
Segundo o governador, o deputado Sérgio Turra (PP) já protocolou junto à Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para retirar a obrigatoriedade de plebiscito. Se aprovada a PEC, caberá ao Piratini enviar projeto de lei para que os deputados estaduais - representando os 11 milhões de gaúchos -analisem a proposta e definam o futuro da Estatal. 

Leite comparou a situação financeira da companhia de saneamento com o que aconteceu com a CEEE. Ele justifica que a estatal acumula gastos elevados em pagamento de pessoal, despesas trabalhistas e previdência. Segundo Leite, a contrapartida será cerca de R$ 10 bilhões em obras de saneamento e abastecimento. 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Eduardo Leite critica postura de Bolsonaro sobre ação no STF contra governadores

No ninho tucano, Pozzobom trata com Doria de vacinas Próximo

No ninho tucano, Pozzobom trata com Doria de vacinas

Política